O tempo ameno na madrugada e no início da manhã dá lugar, depois, a um forte calor. Assim têm sido os dias em algumas localidades do Ceará. Aiuaba, no Sertão dos Inhamuns, por exemplo, figura nas listas de menores e de maiores temperaturas ao mesmo tempo, neste mês, com registros de 14,9 °C e de 37 °C.
Se observadas as medições dos últimos 7 dias, os 14,9 °C contabilizados em Aiuaba representam a 3ª temperatura mais baixa do Estado no período. Porém, no mesmo intervalo de tempo, a cidade também alcançou a marca de 37 °C, quinta na lista das mais altas.
Os números são da Plataforma de Coleta de Dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), atualizados diariamente. Para o levantamento, o Diário do Nordeste considerou as 5 temperaturas mínimas mais baixas e as 5 temperaturas máximas mais altas.
Definida como “amplitude térmica”, a diferença entre as temperaturas mais baixas e mais altas em uma localidade ao longo do dia fica maior no Ceará a partir de julho, como aponta Vinícius Oliveira, meteorologista e pesquisador da Funceme.
“Isso é extremamente normal para essa época do ano. Principalmente no segundo semestre, quando predominantemente não temos chuva e a cobertura do céu fica variando de poucas nuvens a sem nuvens”, pontua.
O meteorologista explica que a baixa nebulosidade favorece a maior incidência de radiação solar, aumentando o calor principalmente no período da tarde – e sobretudo a partir de setembro, no intervalo de meses chamado “B-R-O Bró” (meses terminados em -bro).
Durante a madrugada e manhã, temos uma maior perda de radiação, e aí as temperaturas baixam bastante. Já durante o dia, aumentam. Principalmente no B-R-O Bró, que tem as temperaturas máximas do ano.
A diferença entre as mínimas e máximas registradas também tem a ver com a localização geográfica dos municípios. Quanto mais longe do mar, maior é a amplitude térmica, já que o oceano funciona como “regulador” das temperaturas, conforme acrescenta Vinícius.
“Em municípios mais próximos da faixa litorânea a amplitude térmica é diferente do interior do Estado. Barro, por exemplo, registrou 40°C. Não chegamos a isso aqui em Fortaleza nem em cidades litorâneas, porque o oceano regula”, frisa.
Barro 40 graus
Nos últimos 7 dias, segundo dados da Funceme, a maior temperatura do Ceará foi identificada na cidade de Barro, na Região do Cariri, que atingiu a marca de 40°C. O top 5 de maiores temperaturas foi completado por:
Jaguaribe– 38,2°C
Quixeramobim – 38,1°C
Iguatu – 37,6°C
Aiuaba – 37°C
Já as menores temperaturas medidas no Estado foram registradas em:
Iguatu – 37,6°C
Aiuaba – 37°C
Já as menores temperaturas medidas no Estado foram registradas em:
Parambu – 13,9°C
São Benedito – 14,7°C
Aiuaba – 14,9°C
Poranga – 15,7°C
Viçosa do Ceará – 16,2°C
Aiuaba, que aparece nas duas listas, detém ainda um recorde entre todos os 184 municípios cearenses: neste ano, em 25 de julho, a cidade do Sertão dos Inhamuns marcou a menor temperatura da história do Ceará, de 11,4°C.
Diante desses extremos, o que a população sente na pele – seja frio, seja calor – depende ainda de fatores que vão além do que marcam os termômetros. Para a chamada “sensação térmica”, são consideradas variáveis como umidade relativa do ar e velocidade do vento.
A relação com o vento é simples: “se tivermos uma temperatura elevada, mas ventar bastante, a gente tem uma sensação de um pouco mais de frescor”, exemplifica o meteorologista da Funceme.
“Se tiver umidade muito elevada, já tem uma sensação de estar mais abafado. A gente não consegue regular a temperatura do corpo, não evapora direito. O que não é o caso aqui do Ceará no segundo semestre”, complementa Vinícius.
Além dos ventos fortes e temperaturas mais altas, o Ceará vivencia, no segundo semestre do ano, índices de umidade relativa do ar muito baixos, sobretudo no Centro-Sul do Estado e durante o período da tarde, segundo o pesquisador. As condições se estendem por agosto e pelos próximos meses.
Baixa umidade do ar
Nessa quarta-feira (14), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso de “perigo potencial” devido à baixa umidade em 127 cidades cearenses. O comunicado, válido até as 19h desta quinta-feira (15), abrange toda a porção não-litorânea do Estado.
De acordo com o Inmet, a umidade relativa do ar nesses locais deve variar entre 30% e 20%. O cenário, por outro lado, representa “baixo risco de incêndios florestais e à saúde”.
Fonte: Diário do Nordeste
São Benedito – 14,7°C
Aiuaba – 14,9°C
Poranga – 15,7°C
Viçosa do Ceará – 16,2°C
Aiuaba, que aparece nas duas listas, detém ainda um recorde entre todos os 184 municípios cearenses: neste ano, em 25 de julho, a cidade do Sertão dos Inhamuns marcou a menor temperatura da história do Ceará, de 11,4°C.
Diante desses extremos, o que a população sente na pele – seja frio, seja calor – depende ainda de fatores que vão além do que marcam os termômetros. Para a chamada “sensação térmica”, são consideradas variáveis como umidade relativa do ar e velocidade do vento.
A relação com o vento é simples: “se tivermos uma temperatura elevada, mas ventar bastante, a gente tem uma sensação de um pouco mais de frescor”, exemplifica o meteorologista da Funceme.
“Se tiver umidade muito elevada, já tem uma sensação de estar mais abafado. A gente não consegue regular a temperatura do corpo, não evapora direito. O que não é o caso aqui do Ceará no segundo semestre”, complementa Vinícius.
Além dos ventos fortes e temperaturas mais altas, o Ceará vivencia, no segundo semestre do ano, índices de umidade relativa do ar muito baixos, sobretudo no Centro-Sul do Estado e durante o período da tarde, segundo o pesquisador. As condições se estendem por agosto e pelos próximos meses.
Baixa umidade do ar
Nessa quarta-feira (14), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso de “perigo potencial” devido à baixa umidade em 127 cidades cearenses. O comunicado, válido até as 19h desta quinta-feira (15), abrange toda a porção não-litorânea do Estado.
De acordo com o Inmet, a umidade relativa do ar nesses locais deve variar entre 30% e 20%. O cenário, por outro lado, representa “baixo risco de incêndios florestais e à saúde”.
Fonte: Diário do Nordeste
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