Um sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE), preso em flagrante na posse de mais de 20kg de drogas, no Estado do Piauí, na última quinta-feira (2), também responde a um Inquérito Policial Militar (IPM), no Ceará, por desaparecimento de munições da Corporação.
O IPM contra o sargento Tercio Allen Neves Feitosa foi aberto pelo 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Tauá, na Região Sul do Ceará, no dia 28 de abril de 2022.
O militar apresentou uma Licença para Tratamento de Saúde (LTS), dias antes, e, ao entregar a arma funcional à Corporação, deixou de apresentar 33 munições calibre Ponto 40, pertencentes ao 13º BPM, conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste.
No dia 27 daquele mês, o sargento Tercio entrou em contato com um colega de farda pelo aplicativo WhatsApp para pedir que o mesmo fosse lhe encontrar na Rodoviária de Tauá, para entregar as munições que faltavam.
A entrega de 33 munições foi realizada às 8h do dia 28. Entretanto, a investigação mostrou que essas munições haviam sido compradas de uma loja de tiro, sediada em Fortaleza, a partir do Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF) de Tercio Allen. Questionado por um superior sobre as munições oficiais da PMCE, o sargento preferiu não responder.
A Polícia Militar do Ceará concluiu, no Inquérito, em 26 de agosto do ano passado, que "existem indícios de crime militar" e de transgressão disciplinar. A Auditoria Militar do Ceará, da Justiça Estadual, intimou o Ministério Público do Ceará (MPCE) para se manifestar no processo, em 17 de novembro último, mas ainda não recebeu resposta.
O sargento PM Tercio Allen Neves Feitosa foi preso em flagrante, em uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Município de Picos, no Piauí, na última quinta-feira (2).
A polícia pediu para o agente ser transferido para o Presídio Militar da PM do Piauí.
"Registre-se que há urgência no pleito, motivo pelo qual o presente pedido foi apreciado no Plantão Judiciário, eis que há indícios, conforme dados de inteligência [...], que o autuado age em conjunto com a organização criminosa Comando Vermelho, havendo risco de tentativa de fuga, além de possibilidade de tentativa de resgate pela respectiva facção", diz um trecho do documento.
A solicitação foi aceita pelo Ministério Público do Piauí (MPPI), que autorizou a transferência do policial.
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) informou que determinou imediata instauração de processo disciplinar para devida apuração na seara administrativa, estando atualmente em trâmite.
Fontes: Diário do Nordeste e g1
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