É uma cena comum: o rapaz ouve gritos desesperados na cozinha, e parte como um príncipe valente para defender a donzela em perigo.
Chegando lá, descobre que o assustador intruso não passa de um inseto de 2 cm.
Repugnante, vá lá, mas que não traz o mesmo perigo que um Pit-Bull hidrófóbico para justificar a potência do grito. Então, o que (ou quem) é capaz de explicar tamanho pavor feminino?
Ansiedade feminina
Pesquisas citadas no livro Pânico, Fobias e Obsessões, editado pelo grupo do Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas de São Paulo mostram que, de fato, as mulheres têm duas vezes mais transtornos fóbicos-ansiosos (de medo de multidão a claustrofobia, que é medo de lugares fechados) do que os homens.
Pesquisas citadas no livro Pânico, Fobias e Obsessões, editado pelo grupo do Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas de São Paulo mostram que, de fato, as mulheres têm duas vezes mais transtornos fóbicos-ansiosos (de medo de multidão a claustrofobia, que é medo de lugares fechados) do que os homens.
Homem não chora
Segundo a piscanalista Mirian Chnaiderman, do Instituto Sedes Sapientae, em São Paulo, o processo que leva a uma fobia (medo exagerado) é igual no homem e na mulher. O indivíduo projeta algum aspecto indesejado de si mesmo em um objeto externo, que passa a temer. O que acontece é que, num processo inconsciente, a pessoa "escolhe" onde depositar sua fobia. Como fica meio ridículo para um homem sair berrando quando vê uma barata, ele "elege" outros bichos para se apavorar: avião, altura (acrofobia) enfarte etc.
Segundo a piscanalista Mirian Chnaiderman, do Instituto Sedes Sapientae, em São Paulo, o processo que leva a uma fobia (medo exagerado) é igual no homem e na mulher. O indivíduo projeta algum aspecto indesejado de si mesmo em um objeto externo, que passa a temer. O que acontece é que, num processo inconsciente, a pessoa "escolhe" onde depositar sua fobia. Como fica meio ridículo para um homem sair berrando quando vê uma barata, ele "elege" outros bichos para se apavorar: avião, altura (acrofobia) enfarte etc.
Bicho sujo e rastejante
O psicanalista Augusto Capelo, da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, concorda: fobia é projeção de um conflito interior. "O objeto do medo é como uma metáfora do conflito" , explica. Seguidor dos ensinamentos do suiço Carl Gustav Jung (1875 - 1961), que inventou o conceito de inconsciente coletivo e estudou o homem a partir de símbolos ancestrais, Capelo diz que a mulher teme a barata quando se sente "suja", "rastejante", afirma Capelo. Mas, para ele a fobia, dentro de certos parâmetros, pode ser positiva, ajudando o indivíduo a estruturar seu mundo interior.
O psicanalista Augusto Capelo, da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, concorda: fobia é projeção de um conflito interior. "O objeto do medo é como uma metáfora do conflito" , explica. Seguidor dos ensinamentos do suiço Carl Gustav Jung (1875 - 1961), que inventou o conceito de inconsciente coletivo e estudou o homem a partir de símbolos ancestrais, Capelo diz que a mulher teme a barata quando se sente "suja", "rastejante", afirma Capelo. Mas, para ele a fobia, dentro de certos parâmetros, pode ser positiva, ajudando o indivíduo a estruturar seu mundo interior.
A casa é minha
A barata sempre aparece como intrusa dentro da casa que por definição, é um espaço feminino. "No mato, ninguém tem medo de barata" diz o psiquiatra Edson Engels dos Santos, professor do Instituto H. Ellis, de formação terapêutica. As índias não tem medo de barata.
A barata sempre aparece como intrusa dentro da casa que por definição, é um espaço feminino. "No mato, ninguém tem medo de barata" diz o psiquiatra Edson Engels dos Santos, professor do Instituto H. Ellis, de formação terapêutica. As índias não tem medo de barata.
O valor do inseto
Nem todas as culturas desenvolveram esse medo. É o que ensina a antropóloga da Universidade de São Paulo Lux Vidal: o inseto na cultura primitiva é avaliado de acordo com seu perigo real ou um valor explícito que aquela cultura lhe atribui.
Nem todas as culturas desenvolveram esse medo. É o que ensina a antropóloga da Universidade de São Paulo Lux Vidal: o inseto na cultura primitiva é avaliado de acordo com seu perigo real ou um valor explícito que aquela cultura lhe atribui.
A temida:
A barata é um inseto da ordem dor ortópteros e da família dos baltídios. Das 3500 espécies conhecidas, 35 vivem em ambiente doméstico. O perigo da barata é que ela pode carregar germes, tanto externamente (patas, antenas, boca), quanto internamente (aparelho digestivo). As baratas andam e defecam sobre os alimentos, e podem transmitir doenças. Mas nada que não possa ser evitado com uma boa limpeza.
A barata é um inseto da ordem dor ortópteros e da família dos baltídios. Das 3500 espécies conhecidas, 35 vivem em ambiente doméstico. O perigo da barata é que ela pode carregar germes, tanto externamente (patas, antenas, boca), quanto internamente (aparelho digestivo). As baratas andam e defecam sobre os alimentos, e podem transmitir doenças. Mas nada que não possa ser evitado com uma boa limpeza.
Fonte:Acidez Mental
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