sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Mitos e verdades sobre bebidas
Mulheres grávidas não devem beber álcool.
VERDADE: o consumo excessivo e contínuo de álcool durante a gravidez pode
ocasionar síndrome metabólica fetal (má formação no feto). "Não é certeza
que a síndrome vá ocorrer, mas é um risco grande em qualquer estágio da
gestação, em especial nos primeiros meses", diz o ginecologista e obstetra
Pedro Paulo Bastos Filho, professor da Faculdade de Tecnologia e Ciência da
Bahia (FTC).
Comer antes de beber ajuda a retardar os
efeitos do álcool. VERDADE: a ingestão de alimentos retarda, temporariamente, o
esvaziamento gástrico. "Como a absorção do álcool se dá principalmente no
intestino, beber com o estômago cheio realmente retarda os efeitos do
álcool".
Consumo de bebida alcoólica em excesso pode
causar doenças a longo prazo. VERDADE: são inúmeras as doenças que podem ser
provocadas pelo consumo abusivo. "Entre as agudas, estão a hepatite
alcoólica e a pancreatite. Já as crônicas incluem a cirrose hepática, a
insuficiência cardíaca, a pancreatite crônica, as neuropatias periféricas e as
deficiências vitamínicas".
Beber melhora o desempenho sexual. MITO: o
álcool é um depressor do sistema nervoso central, o que deixa a pessoa mais
desinibida em um momento inicial e pode favorecer o encontro sexual. Se o
consumo for excessivo, no entanto, o efeito pode ser contrário e a excitação
dará lugar à sonolência.
Se tiver insônia, tomar uma dose de bebida
ajudará a dormir. VERDADE. Quando a pessoa está tensa, uma dose única de bebida
alcoólica (uma taça de vinho, um copo de cerveja ou uma dose de uísque) pode
levar a um relaxamento que ajudará a dormir. Mas antes de lançar mão desse
artifício, é preciso saber o que pode estar ocasionando o mal.
O ideal é parar de ingerir bebidas alcoólicas
quando se está tomando remédios. PARCIALMENTE VERDADE: depende do medicamento
que o paciente está utilizando, por isso é importante consultar o médico e ler
a bula antes de ingerir bebidas alcoólicas. O álcool interfere no metabolismo
de alguns medicamentos, diminuindo ou aumentando seus efeitos, o que pode levar
a uma ação inadequada do mesmo ou a eventos adversos.
Bebidas alcoólicas cortam o efeito do
antibiótico. VERDADE. A bebida interfere no metabolismo dos antibióticos, pois
o álcool é metabolizado, em parte, pelas mesmas enzimas do fígado que ajudam a
decompor os medicamentos.
Mulheres são menos resistentes ao álcool que
homens. VERDADE: as mulheres são mais sensíveis ao álcool por uma razão
fisiológica: elas possuem maior concentração de gordura no corpo. "O
álcool é lipossolúvel, ou seja, é diluído em gordura. Com isso, o metabolismo
sofre certo atraso que faz com que o álcool circule por mais tempo".
O alcoolismo é uma doença. VERDADE:
alcoolismo é um estado associado a uma doença multissistêmica, ou seja, que não
é específica e compromete vários órgãos e sistemas do corpo.
Embriaguez faz a pessoa perder a memória.
VERDADE: o álcool é um depressor das células nervosas e, em doses altas, pode
provocar perturbação no nível de consciência do indivíduo, gerando dificuldade
no armazenamento de informações e deficit na capacidade de apreender dados
naquele momento. Se constantes, as bebedeiras podem render problemas mais graves
e duradouros, como dificuldade para gravar fatos na memória a longo prazo.
Cerveja é menos nociva que outros tipos de
bebida. MITO: apesar de ter um grau menor de álcool, a cerveja pode ser tão ou
mais nociva para o organismo do que outras bebidas, se consumida em doses
altas. "É a quantidade ingerida que será nociva.
Os efeitos da bebida alcoólica no corpo do
idoso são iguais aos que ocorrem no do jovem. MITO: o jovem tem um organismo
mais ativo e forte, então sofre menos os efeitos do álcool do que os mais
velhos, que têm o corpo mais debilitado. "A idade faz com que se tenha uma
tolerância menor e que se sinta mais os efeitos deletérios do álcool.
Não há problemas em tomar álcool durante uma
refeição. VERDADE: desde que se beba de maneira comedida, como uma taça de vinho,
um copo de cerveja ou uma taça de chope, por exemplo.
Tomar comprimidos efervescentes evita o
mal-estar e a ressaca. VERDADE. Pode evitar, desde que o comprimido contenha
algum anti-inflamatório, como o ácido acetilsalicílico. "Ele pode aliviar
o mal-estar e a ressaca, mas isso vai depender da sensibilidade da pessoa à
bebida e do quanto ela bebeu".
Álcool também prejudica os reflexos. VERDADE:
bebidas alcoólicas, quando ingeridas em grandes quantidades, causam alterações
no cérebro que levam a perda do senso de organização, falta de coordenação dos
movimentos, perturbação completa do sistema nervoso, motor e cognitivo.
Induzir o vômito reduz o teor de álcool no
sangue. MITO: segundo o gastroenterologista Ricardo Barbuti, médico-assistente
do Hospital das Clínicas de São Paulo, o vômito não faz a pessoa voltar à
sobriedade. "Nesse estágio, o álcool já foi absorvido pelo organismo,
então não adianta querer colocar para fora".
Café ajuda a curar a embriaguez. MITO: o café
tem uma dose muito pequena de cafeína para ser capaz de neutralizar a ação do
álcool, que nesse estágio já atua no organismo como um todo. Uma
dose de café, no entanto, não prejudica e pode ajudar a diminuir sutilmente os
efeitos do álcool, por sua ação energética. "
Bebidas gasosas e álcool pode ser uma
combinação perigosa. MITO: não há risco direto de se beber álcool junto com um
refrigerante, por exemplo, mas, por tornar a bebida mais doce e leve, essa
combinação acaba levando um indivíduo a beber mais, sem perceber.
Misturar energéticos com bebidas alcoólicas
pode fazer mal. VERDADE: em excesso, a combinação pode levar ao aumento da
pressão arterial, palpitações, arritmias cardíacas e, em casos extremos, ao AVC
e morte súbita, segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro
(Socerj).
Consumo de alguns tipos de bebida evita a
formação de pedra nos rins. MITO: não há qualquer relação entre estes dois
fatos. O mito surgiu devido às constantes idas ao banheiro de pessoas que tomam
muita cerveja. "Mas elas acabam urinando mais porque a cerveja tem mais
água em sua composição do que outras bebidas. Quando se está bebendo uísque ou
vinho, por exemplo, a quantidade de água é menor e isso influência no volume
hídrico".
Todas as pessoas digerem as bebidas
alcoólicas da mesma forma. MITO: a digestão do álcool envolve um grupo de
enzimas denominadas álcool desidrogenases. A maior ou menor presença destas
substâncias no organismo é que determina como o álcool vai atuar no corpo de uma
pessoa.
Uma pessoa acima do peso sente mais os
efeitos do álcool. VERDADE: o álcool é lipossolúvel, ou seja, se dilui em
gordura. Uma pessoa acima do peso tem maior quantidade de massa gorda e, dessa
forma, o álcool se distribui em maior quantidade no seu organismo. "
Misturar bebidas diferentes pode levar à
embriaguez mais rapidamente. MITO: o que faz uma pessoa ficar embriagada ou não
é a quantidade total de álcool que ingere, e não o tipo de bebida. Por outro
lado, a mistura de bebidas fermentadas e destiladas, por exemplo, pode fazer
mal aos mais sensíveis. "Cada bebida tem as suas sustâncias paralelas.
Como o organismo reagirá a elas varia de pessoa para pessoa.
Beber uma taça de vinho por dia faz bem ao
coração. PARCIALMENTE VERDADE: essa é uma questão polêmica, que divide
opiniões. Para alguns médicos, a ingestão de qualquer quantidade de álcool é
maléfica. Outros profissionais, no
entanto, apontam que já há estudos que comprovem o bem que o álcool pode fazer
ao organismo, quando em pequenas doses.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/
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